EBD – A marca registrada de uma igreja batista
Até algum tempo atrás se avaliava um produto por sua origem. Em passado ainda recente o “made in”, que se via incrustado em algum espaço, em geral, na superfície inferior do objeto comprado, era a garantia da procedência e valor do mesmo. Com a globalização e a febre das importações, isto deixou de ser preferencial, pois o preço mais barato é que passou a monitorar a compra. O povo passou a dar maior importância ao produto em si, qualquer que seja a sua origem, fazendo assim, infelizmente, com que o contrabando e a “pirataria” chegassem ao ponto de epidemia comercial.
Infelizmente, esta forma de ver as coisas chegou também às nossas igrejas. No passado, avaliava-se uma igreja por vários aspectos, mas, um deles, o primordial de todos, era pela força de sua Escola Bíblica Dominical. Igrejas com muitas classes, muitos professores, e em que o ar que se respirava transmitia o amor e o entusiasmo pelo estudo bíblico, eram igrejas que se destacavam no cenário evangélico. A EBD era a marca registrada, o “made in” de uma igreja batista.
Nós, educadores religiosos, temos que propugnar por esta visão. Não podemos permitir que o estudo bíblico sistemático seja apequenado ou menosprezado entre os ministérios de nossas igrejas. Coisa de menor importância ou de pouco valor. Ministério ao qual se dê pouca atenção ou trabalho. Sendo ele o responsável pela formação de nossas novas gerações não podemos nos esquivar de nossa responsabilidade de dar a ele o lugar de destaque e a importância que merece dentre os ministérios modernos da igreja de Cristo.
No momento presente, a Convenção Batista Brasileira está encaminhando novos planos e projetos para a área da Educação Religiosa. Seus aspectos teóricos e práticos estarão sendo objeto de um novo Plano de Educação Religiosa, como está sendo denominado o processo. Sem dúvida, muitas idéias modernas e inovadoras estarão sendo conduzidas nesta proposta, mas o que não pode ficar esquecido, nem colocado em plano secundário ou inferior, é o significado e o valor que deve ser dado ao ensino da Bíblia como algo de fundamental e essencial dentro deste plano. Sem dúvida, que a contextualização dos ensinos bíblicos ao mundo presente deve ser observada e abordada, mas, nunca em detrimento daquilo que é básico e principal: o estudo da Palavra de Deus.
(Extraído da Revista "Educador"; Ano XIV; Nº 73; 2T11)
